Vinhos, tortilla e Miss Daisy

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Ontem passei a noite com meu pai, q mora numa cidade pertinho de BH. Me deu saudade, resolvi dar uma esticada e fui jantar com ele em sua casa. Como dois bons argentinos, tomamos um vinho delicioso, e fizemos uma tortilla a quatro mãos. E claro, um bom filé mal passado. Depois sentamos na sala ao som de Elvis Presley, ainda com vinha, e comendo uma fantástica sobremesa: Miss Daisy… Hummm…

O papo foi ótimo, relembramos minha infância e minhas travessuras, e ele contou várias odisséias da vida dele. Acho que esse negócio de hereditariedade é fato até no modo de ser. Descobri que em muitas coisas sou um xerox dele. Descobri, depois de 35 anos, q ele já quis ser aviador da Marinha, fez a prova, mas não passou no exame físico. O motivo: o exame era no 9º andar e ele teve q subir tudo de escada pq o elevador estava estragado. Chegou ao consultório com a língua no pé, e no exame o médico disse q ele estava reprovado pq estava com Taquicardia… Claro! Pq será? rsrs

Ele me contou q na época o mundo acabou p ele, mas que agora ele analisava como algo que não era p ser, pois se ele tivesse sido aprovado, ele teria sido convocado p a Guerra das Malvinas, e provavelmente eu não teria nascido. Destino, talvez… “Há males q vêm p o bem”, ou como diz um amigo: “Há malas q vão p Belém”.

Só sei q o papo fluiu: destino, escolhas, hereditariedade, façanhas do passado, planos de futuro. Para finalizar, comentamos sobre nossa cor de pele, nosso bronzeado pimentão e a importância de usar o filtro solar (bem Pedro Bial mesmo)… Aí ele me vem todo feliz com um daqueles rolinho de tinta:

– Pra quê isso pai?
– Bom filha, como seu pai está sozinho, como passar protetor solar nas minhas costas?

É… acho q já sei de onde puxei a criatividade… É hereditária!! rsrsrs

Enfim, uma noite em família no meio da semana, q eu não imaginava q ia ser tão gostosa!

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